Você sempre em busca da perfeição. O treinamento sempre forte e com freqüência. Estudando os adversários e o jogo fica decisivo, dando uma vaga, no momento mais importante da competição. As pessoas te observam, palpitam quem deve tirar ou colocar na quadra, comentam a decisão que tomou e te julgam somente pelo placar final. Seus torcedores, mesmo que pouco, sempre então presente, ansiosos pelo próximo jogo e pelo resultado da partida. E a partida chega.
Você não tem tempo para aquecer sua equipe como deveria. Poucos torcedores no ginásio. Mesmos poucos eles te observam, pedem para mudar algo, te acham inseguro, nervoso ou calmo de mais. Você no banco de reserva e ninguém atrás de você e seus companheiros de sempre no aquecimento. Os árbitros se posicionam e a partida começa.
Você treinador não tem pra onde mais correr. As pessoas já te observam. Eu lhes pergunto: Quanto você pagaria pelo meu lugar no banco de reserva??? Você sentaria no meu lugar, com plenos poderes para mudar tudo, antes e durante a partida. Eu iria para a arquibancada do ginásio só para me divertir, xingar, criticar, berrar.
Aí, eu lhe pergunto: Sabe quantos comprariam seu lugar?
Alguém é valente o suficiente para trocar de lugar comigo naquele momento. Ainda que nada pagasse.
Com isso, sempre vou fazer as minhas escolhas, com minha valentia, meus temores, dúvidas e virtudes. Isso tudo porque eu e minha equipe é que sabemos o que fazer, está ali nos dias de treinamento. Errando ou acertando, vou com vontade e determinação, aprendendo as lições de cada jogo. Porque no momento da partida é a minha solidão e as pessoas em volta vão saber algum tempo depois o que já sabia alguns segundos, minutos antes. As pessoas só conseguirão reagir a minha reação, tomada instantes antes.
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